quarta-feira, junho 28, 2006

unforgettable



hoje passou no brasil o último episódio de will&grace. aqui, a despedida dos coadjuvantes mais protagonistas de todas as séries. um jeito bem elegante de dizer adeus. e com o cumpreimento de barriga no final!

Unforgettable, that's what you are
Unforgettable though near or far
Like a song of love that clings to me
How the thought of you does things to me
Never before has someone been more

Unforgettable in every way
And forever more, that's how you'll stay
That's why, darling, it's incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

No never before
has someone been more ooh

Unforgettable in every way
And forever more, that's how you'll stay
That's why, darling, it's incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

segunda-feira, junho 26, 2006

os melhores comentários da copa

quarta-feira, junho 21, 2006

o meu estranho e restrito gosto musical

pode parecer estranho mas a frase : "não gosto muito de música" combina comigo. depois de anos tentando definir meu gosto musical eu defini que praticamente não o tenho. nada fica na minha cabeça. geralmente eu gosto de algo por um mês ou dois, fico obcecada e depois esqueço, como se nunca tivesse ouvido. eu não conheço fidelidade musical. por isso eu valorizo bastante (para alguns, supervalorizo) as três bandas que realmente nunca me saem da cabeça e do coração, os únicos shows que eu iria já que tenho ojeriza de multidão:

pato fu
dave matthews band
fiona apple

é a minha tríplice santidade. será que eles tem a ver um com o outro? constituem um gênero musical? eu não sei qual é o gênero da fiona apple até hoje e é minha preferida. e é ridículo porque fora o pato fu, eu dificilmente vou conseguir assistir a essas bandas ao vivo. triste. porque eu faria o esforço por eles. eu esperaria na fila e acotovelaria pessoas e passaria vontade de ir no banheiro para ver a carinha deles e rir de seus sotaques ao tentar falar palavras em português e sentir um arrepio entre rir e chorar quando as luzes se apagassem indicando que o show vai começar. mas eles nunca vão saber do meu amor ! amor em silêncio.
bem, há quem diga que amor em silêncio é bom.

mas me empolguei demais! entrei pra falar de duas cantoras candidatas a entrar na listinha de bandas que amo em silêncio!
primeiro a Cat Power (não, eu não gosto só por causa do nome)e a Missy Higgins que eu estou ouvindo a apenas uma hora mas que eu realmente gostei. parece amor a primeira vista ou algo assim. valeu pela dica, mario!

vou deixá-las aí documentadas pra ver em quanto tempo me enjôo OU pra saber à quanto tempo eu gosto muito delas. veremos!

segunda-feira, junho 19, 2006

já que eu não tenho emprego nem nada pra fazer vou mostrar o que eu assisto no youtube, o portal dos vagabundos.

para gostar mais das gilmore girls:
http://www.youtube.com/watch?v=QgzXLyiDWf4
http://www.youtube.com/watch?v=c-wA3kuWb_c
http://www.youtube.com/watch?v=PoYR86IlaTY

pegadinhas com o elendo do the oc
http://www.youtube.com/watch?v=rOCZbchZKH0
http://www.youtube.com/watch?v=u5Am5QKKF6A
http://www.youtube.com/watch?v=RD11Bj32rz0
http://www.youtube.com/watch?v=lZc7ig-Xgvo

pessoas do american idol fora do american idol
http://www.youtube.com/watch?v=Y8PO3UErvvg (eu acho que eu chorei de rir nesse)

links para eu lembrar
http://mundosdalua.blogger.com.br
http://gardenal.org/inagaki
http://floozybabie.blogspot.com

terça-feira, junho 13, 2006

o post de não-dia dos namorados

bem, eu não tive dia dos namorados porque eu sou a coitadinha que namora o mérdeco que fica de plantão bem no dia 12 de junho. mas tudo bem. como vira e mexe dizem, eu sou uma pessoa serena. é irritante mas sim, eu sou serena, uma serena meio agressor, mas sou. ou seja, estou pouco me lixando e na verdade ainda nem comprei o presente! huhu .. depois de três anos acho que a importância desse dia já foi assegurada e nem jantar nem presente agregam mais valor ao que já se provou valoroso. os "eu te amos" já foram ditos, as confianças já foram testadas, as tristezas já se esgotaram de chorar e foram passear por aí. surpresas se aproximam nas pontas dos pés prontas para pregar uma peça mas acabam esbarrando num vaso barulhento pelo caminho. ainda vemos graça nas mesmas piadas internas inventadas a tempos atrás e por algum motivo isso é importante. eu penso que é bom saber o real valor das coisas e nesses tempos incertos que eu estou vivendo eu espero acreditar sempre que esse discernimento é possível, acho que essa é a fonte da serenidade. agressor.

domingo, junho 11, 2006

sou uma mini-na.

quarta-feira, junho 07, 2006

o fim de uma busca que parecia eterna

hoje eu comprei a escova de dentes perfeita.
é pequena e fina e se encaixa perfeitamente no tamanho da minha boca. eu sempre tive a impressão de que não alcançava direito os dentes do fundo ou que a escova não conseguia se mexer direito espermida entre os dentes e a gengiva mas agora tudo mudou. e as cerdas são macias mas não são molengas, tem o atrito perfeito e algumas cerdas são de borracha, que é bom para a gengiva. o cabo é meio torto no meio o que o deixa melhor pra segurar. não sei se estou reagindo demais, mas realmente foi um encontro perfeito. i was lost but now i´m found.
ah! e ela é a branca e lilás :)

terça-feira, junho 06, 2006

doce luz entre os pinheiros
para combater o dia do DEMO


Eles se conheceram durante a faculdade. Ele estava no segundo ano de economia e cantava na banda mais legal do campus. Ela era caloura no curso de física. Todos falavam para ela sobre essa banda legal , a banda mais legal, que ela precisava assistir. E os amigos de Rubem também logo passaram a comentar sobre essa nova garota, bonita e gênio, eles diziam, tão bonita e tão inteligente.

A primeira vez que eles se encontraram foi durante um show. Ele estava cantando, tinha uma voz forte e olhos grandes, sorria e brincava com a platéia de tal forma que ela pensou ter entrado num universo paralelo onde todos alcançavam uma leve felicidade efêmera. Ele parecia tão feliz e amigável que ela se lembrou de seu cão São Bernardo. Era um cão grande e espaçoso mas não havia cão mais simpático nesse mundo. Ele era como um ímã, onde quer que o levasse atraía as pessoas. Georgia sempre achou estranho o encanto que seu cachorro exercia sobre as crianças pois ele era grande e podia arrancar a cabeça de um bebê com facilidade.

Quando Rubem desceu do palco e foi apresentado a ela, pensou que não estava preparado. Provavelmente nada poderia prepará-lo para Georgia. Nem que lhe avisassem de seus olhos bonitos e suas sardas adoráveis, nem que lhe previnissem sobre seu cabelo de cachos imperfeitos, nada. Ele não estaria preparado pois havia algo nela que era impronunciável. Um magnetismo sem nome, uma força invisível que o fazia gravitar calado. Eles se cumprimentaram com um beijinho no rosto e um "oi" relâmpago. Ele imediatamente se voltou aos amigos e não conversou mais com ela. Ela ficou levemente decepcionada pois queria conhecer melhor o cãozinho. Discretamente ela o observou. Rubem tinha uma risada cheia que fazia duas covinhas grandes se formarem nas bochechas e mãos de dedos gordinhos. Mas não percebeu que ele fechava o punho esquerdo com força, detalhe que, observado mais atentamente, revelaria o estado catártico que sua presença o faria alcançar por um bom tempo. Ele se sentia estranho mas disfarçava. Não olhava pra ela e enquanto falava de certas coisas pensava em outras... e ainda por cima ela se chama Georgia, ele pensou, lembrando de Ray Charles e da música que ocuparia sua cabeça a noite toda:
Georgia, Georgia,
The whole day through
Just an old sweet song
Keeps Georgia on my mind
Keeps Georgia on my mind

Os meses foram passando , eles estudavam, conheciam outras coisas e outras músicas e outros cachorros. Ele tocava toda semana, ela sempre estava lá, fingindo um interesse demasiado pela cerveja local. Algumas conversas desencontradas aconteceram, sempre precedidas por uma louca gagueira mental: "meu pai é dentista" , "eu tive um cão são bernardo", "eu cortei meu dedo num papel"... toda noite esperavam encontrar alguma esperança no submundo do subtexto, mas nada parecia lhes acenar e íam pra casa um pouco melancólicos pensando que não tinham nada em comum.

Georgia on my mind
A song of you
Comes as sweet and clear
As moonlight through the pines

Um ano se passou e o tecladista da banda de Rubem se formou e voltou para sua cidade do interior. Todos sabiam que Georgia tocava piano tão bem quanto sabia teoria da relatividade e Rubem nem precisou convidá-la pois outros já o fizeram. Georgia aceitou e no primeiro ensaio Rubem pensou que vomitaria. Mas não vomitou pois quando chegou ouviu de fora da sala o som do piano em Georgia on my mind. Ele pensou que finalmente seus devaneios haviam se tornado assombrações auditivas mas ao abrir a porta encontrou Georgia ao piano, com seus dedos curtinhos e brancos e seu sussurro de vento cantarolando. Ele olhava suas mãos sem entender como dedinhos tão pequenos não perdiam o compasso. Eles íam e vinham rápidos , parecia que não chegariam no tempo certo ou não bateriam com a força certa na tecla, mas sempre chegavam e acentuavam as notas como deveriam ser. Tudo tão certo nela, tão certo. Ela olhou pra ele como se pedisse para cantar. Isso eu posso fazer, pensou, e fez.

Other arms reach out to me
Other eyes smile tenderly
Still in peaceful dreams I see
The road leads back to you

I said Georgia,
Ooh Georgia,
no peace I find
Just an old sweet song
Keeps Georgia on my mind

Rubem nunca cantou tão bem. Sua voz encheu a sala e Georgia já sabia, mas pensou de novo, que seu latido era alto mas a carinha era de são bernardo. Ela sentiu uma leve felicidade efêmera e pensou que se soubesse como chorar de alegria, talvez choraria um dia. Rubem nunca se sentiu tão sincero. Quando a música acabou eles sabiam o segredo recíproco que acabavam de pronunciar e absurdamente permaneceram tranquilos, pois sabiam que era só questão de tempo.
Ele nunca pensou que se apaixonaria por uma estudante de física. Ela já deveria saber que em músicos e médicos há sempre algo especial.